Cá
estamos de novo, desejando a todos um ano letivo recheado de sucesso.
Como
não podia deixar de ser, é nossa intenção que a leitura te acompanhe ao longo
dos três períodos (no mínimo) e, para tal, queremos contribuir com algumas
sugestões. Aceitas o desafio?
Secundário
Uma
das queixas que mais frequentemente se ouviu este verão foi exatamente “este
ano não temos verão” ou algo parecido.
Por
uma questão de associação de ideias, a proposta de leitura que temos para ti e
com que iniciamos este ano letivo é uma obra de Rute Silva Correia cujo título
é – adivinhem – O Ano em que não ia haver verão. Esperamos sinceramente
que encontrem na leitura deste romance o prazer que sentimos com as brisas
quentes das noites cálidas de verão.
Palavras
da autora sobre a obra em resposta a três perguntas que lhe são feitas:
1- O
que representa, no contexto da sua obra o livro O Ano em que não ia haver
Verão?
R- O
Ano em que não ia haver verão é o terceiro livro que escrevo, o segundo
a ser publicado e o meu primeiro romance. Depois de escrever sobre tempos
antigos, precisava de escrever sobre Lisboa, hoje. Eu costumo dizer que
"escrita é escrita", que um bom escritor é capaz de escrever em
qualquer género, embora, eventualmente, acabe por destacar num ou noutro.
Quando escrevemos ficção depois de escrever biografias, há uma surpresa de
"nós" a seguir àquele trabalho exaustivo sobre a vida dos outros. Ou
seja, os romances são a biografia do autor. O método de trabalho é muito
diferente. A escrita de uma biografia tem de ser absolutamente rigorosa, não
pode haver hesitações em nenhuma data, em nenhuma citação. E eu tive a sorte de
escrever sobre pessoas de quem gosto muito, tive espaço para dar de mim, da
minha empatia.
O
romance, por outro lado, é um lugar de incerteza. Gosto muito daquela zona da
escrita em que se pisa a linha da incerteza, do quase inverosímil, do será ou
será que não. A natureza humana é isso mesmo, é ser mas não ser, uma pessoa é
sempre uma coisa e muitas outras. E a escrita é a representação da natureza
humana, a representação de pessoas. Eu gosto de textos um bocadinho
rocambolescos. Gosto de ter de voltar atrás umas páginas, só para confirmar.
Gosto de anacronismos. Gosto de ter essa liberdade na leitura e também na
escrita, gosto do lugar para o erro, gosto que o trabalho de rigor se concentre
sobretudo no uso criterioso da palavra, da frase, do sentido. Neste livro, há
um subenredo quase policial que foi muito pensado para bater certo.
Mas as
personagens, que são quem dá a vida e o coração à história - a qualquer
história - têm um carácter exuberante, são muito humanas.
2- Qual
a ideia que esteve na origem deste livro?
R- Este romance era para ter sido uma série de quadros sobre um determinado
círculo lisboeta. Ia chamar-se "Crónicas Subterrâneas" ou qualquer
coisa desse género. Entretanto, surgiu-me a história dos amores de Gizela e
Santiago. No processo criativo que é a escrita de ficção, há um momento em que
as personagens ganham vida própria. Foi quando me apercebi que a história
daqueles dois amantes era transversal a muitas das outras, e comecei a
desenvolver a ideia de uma narrativa mais estruturada. Gizela e Santiago
passaram a dominar o livro, com um pano de fundo composto por uma série de
personagens secundárias psicologicamente muito ricas, porque foram pensadas para ser protagonistas das tais crónicas.
3- Pensando
no futuro: o que está a escrever neste momento?
R- Tenho um livro em "pós-produção", também na Oficina do Livro,
e ando a pensar num próximo romance. Costumo escrever pequenas histórias sobre
episódios e pessoas que me inspiram, variações sobre o que se vai ouvindo daqui
e dali... Gosto muito de inventar pessoas e de analisar pessoas, que são as
personagens. Depois, pego nisso tudo e escrevo um romance. É quando a ficção
finalmente supera a realidade. O mais difícil é decidir quando está pronto,
porque um romance nunca está pronto, nunca está perfeito. Mas em algum momento
temos de o deixar ir e ser lido. São os leitores que fazem um livro ser
perfeito.
Quem
é que nunca ouviu da boca de familiares ou amigos qualquer coisa como “mas que
rebelde que me saíste!”? Pois é, de vez em quando temos momentos de rebeldia
mas não somos os únicos. Para comprovar isso mesmo, propomos-te a leitura de
uma obra de uma autora que já conheces – Enid Blyton – e cujo título é
………. Regresso à Escola - Uma Rapariga Rebelde.

A
Rapariga Rebelde regressou à escola! E desta vez quer portar-se bem. Mas alguém
tem o plano de lhe dificultar a vida para que ela não se livre da fama que tem!
Excerto: «Elizabeth estava emocionada. Aproximava-se o final das férias de
Verão, e era tempo de pensar no regresso à escola. A Sra. Allen, a mãe, andava
ocupada a arranjar-lhe todas as coisas para ela levar, e a rapariga ajudava-a a
fazer a mala grande. – Ó mamã, sinto-me tão feliz ao pensar que em breve vou
voltar a ver as minhas amigas! – exclamou Elizabeth. – Que bom regressar ao Colégio de Whyteleafe. O
semestre de Inverno vai ser muito divertido!»
Quem
será que quer ver Elizabeth em apuros? E porquê? A estas e a outras perguntas
terás de ser tu a encontrar a resposta. Por isso … mãos …ao livro. Diverte-te.
Clica sobre a foto e sabe mais da vida e obra de
Enid Blyton
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