05/03/2012

"Ler muito é um dos caminhos para a originalidade; uma pessoa é tão mais original e peculiar quanto mais conhecer o que disseram os outros" Unamuno, Miguel

Sugestão de leitura para o mês de Março
Ensino secundário


A Manopla de Karasthan (Crónicas de Allaryia - Vol. I)

Filipe Faria

 Na imensidão cósmica existe um mundo, Allaryia, de grandes heróis e vilões infames, de seres de uma beleza indescritível e criaturas maléficas de uma fealdade atroz, nações poderosas e impérios tirânicos. Depois de muitas eras que alternaram entre a paz e a discórdia, encontramos neste primeiro volume das Crónicas de Allaryia, um tempo de aparente tranquilidade, de uma calma inquietante, semelhante ao silêncio que antecede a tempestade. Algures, numa câmara escura, subterrânea, algo se move, tentando libertar-se de anos de cativeiro, algo monstruoso, inumano, sedento de sangue e dor. O povo de Allaryia perdeu o seu campeão - Aezrel Thoryn, provavelmente morto numa batalha contra o Flagelo, a força das trevas, em Asmodeon - e mais do que nunca precisa de protecção. Aewyre Thoryn, o filho mais novo do saudoso rei, pega em Ancalach, a espada do seu pai, decide descobrir o que realmente lhe aconteceu e parte a caminho de Asmodeon. O que o jovem guerreiro não podia prever era que a sua demanda pessoal se iria transformar, à medida que os encontros se vão sucedendo, na demanda de um grupo particularmente singular, que reunirá a mais estranha e inesperada mistura de seres - Allumno, um mago, Lhiannah, a bela princesa arinnir, Worick, um thuragar, Quenestil, um eahan, Babaki, um antroleo, Taislin, um burrik, Slayra, uma eahanna negra e o próprio Aewyre. O ritmo a que se sucedem as aventuras é absolutamente alucinante, a cada passo surgem perigos mais tenebrosos, seres aterradores que esperam, ocultos nas sombras, o melhor momento para atacar e roubar a tão desejada Ancalach… Mas os laços de amizade que unem o grupo estão cada vez mais fortes e, juntos, sentem-se capazes de enfrentar qualquer inimigo.

Filipe Faria nasceu em 1982, em Lisboa. Frequentou a Escola Alemã de Lisboa desde o jardim de infância até completar o 12º ano de escolaridade. O contacto e convívio com aquela cultura de origem germânica, tão diferente da nossa, possibilitou a abertura de novos horizontes. Impulsionado pelo forte interesse demonstrado pelo período negro da Idade Média e pela descoberta algo fortuita de uma verdadeira relíquia na biblioteca escolar – a Tolkien Bestiary -, cultivou, desde cedo, a paixão pela literatura fantástica. As «Crónicas de Allaryia» assinalam a sua estreia no mundo literário. Uma obra que nasceu de uns esboços de uma aventura iniciados há cerca de quatro anos, que lentamente ganharam corpo e forma e evoluíram para um livro de quase 600 páginas. Em 2001, foi o vencedor do Prémio Branquinho da Fonseca, organizado pela Fundação Calouste Gulbenkian e Jornal Expresso. Em 2002, ganhou o Prémio Matilde Rosa Araújo - Revelação na Literatura Infantil e Juvenil. Actualmente, encontra-se a frequentar o curso de Línguas e Literaturas Modernas na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas.

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